Em entrevista exclusiva ao SOL, publicada amanhã, Odília Pereirinha descreve o estado em que encontrou o filho, único suspeito da morte de Carlos Castro, e confirma que vai vender todos os bens para pagar a defesa de Renato Seabra.
Odília Pereirinha, enfermeira de 53 anos, encontrou numa cama de hospital em Nova Iorque, no passado dia 10, uma sombra do filho que conhecia.
«Abraçou-se a mim e só dizia: Mãe, preciso muito de ti, preciso muito de ti . Repetiu isso várias vezes. Está em choque, não tem um discurso coerente, tem paragens. Está pálido, muito magrinho, parece um mendigo», descreveu ao SOL a mãe do português de 21 anos detido após a morte violenta do colunista Carlos Castro, que terá prometido a Renato uma carreira de sucesso na moda, «a nível mundial».
Apesar do encontro no hospital de Bellevue - «um espaço horrível, de uma desumanização atroz» - Odília não perguntou ao filho o que terá acontecido no Hotel Intercontinental de Times Square: «Se quisesse falar, ele falava. Eu apenas o abracei muito».
Dizendo viver «um pesadelo», a mãe de Renato confirmou ao SOL que vai desfazer-se dos seus bens - a casa, o carro, tudo o que houver - para pagar a defesa do filho. «Tenho fé, muita fé», afirma Odília, que recorda um jovem apaixonado pelo desporto e de «grandes laços de afectividade e amor com a família».
A fragilidade psíquica do filho não será utilizada como estratégia de defesa, garante, sublinhando antes a importância de uma testemunha ainda por contactar - a jovem nova-iorquina que emprestou o telemóvel a Renato horas antes do crime no Intercontinental: «Espero que o advogado dê este número à polícia para vermos se aquela senhora sabe mais alguma coisa».
Leia a entrevista de Odília Pereirinha a Felícia Cabrita na edição de sexta-feira, 21, do SOL
Renato Seabra, o jovem acusado de ter morto o cronista social Carlos Castro, passou a estar sob a custódia do Departamento de Correcção Prisional da cidade de Nova Iorque, apesar de continuar detido na ala prisional do hospital psiquiátrico de Bellevue.
O internamento de Renato Seabra no Hospital de Bellevue custa ao Estado de Nova Iorque 1400 dólares por dia, cerca de 1100 euros diários. Por ser um prisioneiro, os custos são debitados directamente nas contas do Estado.
Agora, os agentes do Departamento de Polícia de Nova Iorque já não vigiam o jovem, estando sim, a ser controlado por agentes do Departamento de Correcção da equipa médica do hospital.
O jovem continua, no entanto, no mesmo local, onde aguarda uma audiência no Supremo Tribunal, marcado para 1 de Fevereiro. Se até lá os médicos lhe derem alta, o jovem pode ser transferido para uma prisão da cidade ainda antes de dia 1.
Castro transferiu duas quantias para a conta do manequim. Fátima Lopes não acredita que fotos mostradas por Renato sejam de uma campanha
Já há vários comentários de indignação de utilizadores nos sites de jornais norte-americanos. «Isto tem de ser ilegal! Sobretudo se se trata da ventilação do metro», comenta leitor do New York Daily News, citado pelo DN.
«As irmãs devem ter fumado algumas das cinzas antes de fazerem isto» ou «é uma falta de respeito para com as pessoas que inalam as cinzas de outra pessoa» são exemplos de outros comentários citados pelo DN.
Há nova-iorquinos que consideram tratar-se de «contaminação ambiental» e «despejo ilegal de restos humanos», acto que à partida seria mesmo considerado crime. Porém, as irmãs do de Carlos Castro afirmam ter tido permissão para despejarem as cinzas do colunista numa das condutas de ar do metro de Nova Iorque.
Apesar de o gabinete do Mayor Bloomberg desmentir a autorização, o New York Post escreveu que as autoridades decidiram 'fechar os olhos' à acção.
A revelação foi feita ao "Correio da Manhã" pelo actor Vítor de Sousa. O modelo tentou descansar a mãe dizendo que o cronista social tinha uma relação com outra pessoa.
Renato Seabra, modelo acusado de matar Carlos Castro, escondia à mãe como era o seu dia-a-dia com o cronista social e dizia-lhe que dormia num sofá.
"O Carlos chegou a comentar que ele tinha dito à mãe, ao telefone e à frente dele, que não se preocupasse porque o Carlos tinha uma relação e ele dormia no sofá da sala", contou ao "Correio da Manhã" o actor Vítor de Sousa.
O jornal revela ainda a arma utilizada no crime, um saca-rolhas com uma lâmina para cortar os gargalos das garrafas.
"Já não sou gay." A frase terá sido dita por Renato Seabra, depois de ter confessado à polícia de Nova Iorque ser o autor do homicídio de Carlos Castro. A informação avançada ontem pelo "New York Post" terá caído como uma bomba entre os familiares que nos últimos dias defenderam sempre a sua inocência. Rapaz simples, racional e muito focado nos seus objectivos. Quem conhece Renato Seabra, 21 anos, descreve-o assim: um jovem ambicioso mas muito fechado e introspectivo. Há uma semana, ligou para a família e confessou estar farto das férias em Nova Iorque. Em conversa com a mãe, mostrou-se desiludido com a passagem de ano, que disse não ter sido "nada de especial", e manifestou o desejo de regressar a casa. O voo que o traria de volta a Portugal já estava marcado, mas nem ele nem Carlos Castro embarcaram. Quatro horas depois de ter cometido o crime, Renato foi detido pelas autoridades americanas num hospital da cidade. Tinha os pulsos parcialmente cortados e confessou ter assassinado o cronista social, com quem manteria um relacionamento amoroso.
Em entrevista ao i, um representante da polícia de Nova Iorque disse que Renato Seabra estava formalmente acusado de homicídio em segundo grau. "Foi preso na sequência da investigação a uma chamada de emergência para um hotel em Times Square", avançou o agente, acrescentando que o óbito foi declarado pouco depois da chegada das autoridades ao quarto 3416, onde o casal estava hospedado. Carlos Castro encontrava-se prostrado no chão, totalmente despido, apresentava ferimentos na cabeça e tinha os órgãos genitais mutilados. Morreu vítima de asfixia e múltiplos traumatismos. Descontrolado, Renato agrediu-o com um computador, estrangulou-o e mutilou-o com um saca-rolhas, num acto de tortura que demorou quase uma hora.
Minutos antes do crime, alguns hóspedes do 34.o piso testemunharam uma violenta discussão entre os dois. Mas recolheram ao quarto, sem avisar a recepção. Mónica Pires foi quem deu o alerta, depois de Carlos Castro se ter atrasado para um encontro que tinha marcado com a filha do jornalista Luís Pires. Foi também ela que viu Renato Seabra sair do elevador, altura em que este lhe disse: "O Carlos já não sai do quarto."
"Já não sou gay" Quatro horas depois do crime, Renato Seabra foi internado num hospital com os pulsos cortados. Terá sido o taxista que o transportou a avisar as autoridades, depois de ter visto a fotografia do suspeito na televisão. Quando a polícia chegou à ala psiquiátrica, para onde foi transferido, o jovem terá confessado o crime, que cometeu para se "livrar dos demónios e do vírus". "Já não sou gay", acrescentou.
Carlos Castro conheceu Renato Seabra no Facebook uns meses antes do trágico desfecho. E embora tenha manifestado aos amigos que o modelo andava com um comportamento estranho, a verdade é que o cronista dizia ter encontrado a pessoa certa. "Estava muito feliz. Pouco antes de partir, confidenciou-me que andava apaixonado por uma pessoa bastante mais jovem, mas eu estava longe de imaginar que era o Renato", conta ao i o modelo Pedro Crispim, um dos jurados do programa "À Procura do Sonho", no qual Seabra foi um dos protagonistas.
Natural de Cantanhede, Renato estuda Ciências do Desporto, licenciatura que acumula com o trabalho de manequim da Face Models, de Fátima Lopes. Quem o conhece diz que é um jovem pacato e dificilmente lhe atribui a autoria de um crime desta natureza. Durante os meses que trabalhou com o manequim, Pedro Crispim, que era amigo de ambos, raramente conseguiu uma aproximação ao jovem: "É uma pessoa muito madura para a idade. Transmitia segurança no discurso, mas era também muito tímido e reservado, de difícil descodificação", revela. Características de personalidade que, segundo acredita Crispim, poderão esconder "uma sexualidade mal resolvida". "Há sempre duas pessoas: a que se dá a conhecer e a que nunca se revela. Mais tarde ou mais cedo torna-se pólvora, explode."
Numa ronda pelos cafés de Cantanhede, ninguém quer acreditar que um filho da terra possa ter cometido o crime que se tornou assunto em todas as esquinas. "Bom rapaz" ou "jovem simples que gostava de desporto" são as expressões mais ouvidas. Quanto à sua alegada homossexualidade, todos negam, dizendo até que Renato era "bastante mulherengo". Mas este poderá ser um detalhe importante para a investigação: "As relações que envolvem duas gerações são complicadas. Em todas há um eixo do poder, há sempre um elemento que o fixa. O facto de o Renato ser mais novo não significa que não pudesse ser o guia-padrão", disse ao i o psicólogo forense Carlos Poiares.
Caso seja considerado culpado, Renato Seabra arrisca um tempo de prisão que pode ir dos 25 anos à pena perpétua. Segundo a lei do estado de Nova Iorque, a liberdade condicional só pode ser pedida ao fim de 25 anos e, caso não seja concedida, o pedido pode ser renovado de dois em dois anos.
A acusação de homicídio em segundo grau imputada a Renato Seabra tem por base uma questão técnica: Carlos Castro terá morrido logo na primeira pancada que levou na cabeça, motivo pelo qual os actos de tortura que o cadáver apresentava não terão qualificado crime de homicídio. "A tortura terá sido efectuada depois da morte, o que poderá constituir, por exemplo, profanação de cadáver", explicou ao i um especialista em direito internacional.
Foi esta tecnicidade da lei americana que afastou a acusação de homicídio em primeiro grau - que a lei dos Estados Unidos reserva apenas para os casos em que exista premeditação ou circunstâncias agravantes como intenção e prática de tortura e que implicaria uma pena de prisão perpétua sem possibilidade de pedir liberdade condicional. A acusação a Renato Seabra pode resultar, assim, numa condenação entre 25 anos e prisão perpétua.
O facto de Renato Seabra já ter alegadamente confessado o crime à polícia - conforme noticiaram dois jornais norte-americanos - levou ontem um ex-procurador de Justiça do Bronx, em Nova Iorque, a criticar a falta de assistência jurídica prestada ao jovem português. "Bastaria uma simples chamada telefónica de um advogado legalmente constituído defensor do alegado homicida para a polícia, logo após a sua detenção, para parar imediatamente o interrogatório. Assim todos os seus direitos eram salvaguardados perante a lei", defendeu o português Tony Castro em declarações à agência Lusa. Em causa está, sobretudo, o facto de as autoridades portuguesas não terem assegurado de imediato a assistência jurídica a um cidadão português quando "todos os jornais e páginas na Internet de todo o mundo noticiam o caso e não se cansam de enfatizar que ambos eram portugueses".
Embora a mãe de Renato Seabra, Odília Pereirinha, já tenha entretanto, segundo fontes citadas pela Lusa, nomeado um advogado para o filho - que ontem saiu da ala psiquiátrica do hospital de Bellevue -, Tony Castro lamenta o abandono a que o jovem terá sido sujeito após a sua detenção. "Nestes casos, é normal os detectives tentarem obter uma confissão rápida antes dos alegados homicidas constituírem advogado, pois assim apressa-se o caso e até se pode dramatizar um pouco", explica.
Até ao início da noite de ontem, Odília Pereirinha ainda não tinha conseguido falar com o filho. Mas, segundo a SIC, já terá sido afastada a hipótese de o jovem se ter tentado suicidar após o crime. Para a polícia, os ferimentos podem ter sido causados por uma luta, resultante das agressões a Carlos Castro.
SMS Amorosos A definição dos contornos da relação entre Renato Seabra e Carlos Castro poderá ser o primeiro passo para que se perceba ao certo o que aconteceu na noite de sexta-feira no quarto do Hotel Intercontinental. E se para a família e amigos de Renato não restam dúvidas de que a relação entre ambos era estritamente "profissional", os amigos de Carlos Castro apresentam outra versão.
No dia 1 de Dezembro, por exemplo, durante a festa da associação Abraço, no Teatro S. Luiz, em Lisboa, Carlos Castro terá pegado no microfone e anunciado publicamente que iria em breve para Nova Iorque com a "sua grande paixão". Na altura, a intervenção foi classificada por alguns convidados como fervorosa e mesmo excessiva. Mas agora é um dos principais argumentos dos amigos do colunista para demonstrar que havia um relacionamento assumido com Renato Seabra. Isso e as mensagens escritas "a que a polícia poderá ter facilmente acesso", diz a empresária Maya, que garante ter chegado a ler "várias" sms enviadas por Renato para o telemóvel do colunista. "Extremamente afectuosas e que incluíam palavras como ''amor'' ou ''querido''", garante a empresária. Maya acrescenta que, em Novembro, Carlos Castro lhe terá perguntado pela compatibilidade astrológica com Renato. Ficou de lhe fazer uma carta astral e disse-lhe para não ter medo de avançar e de se apaixonar. É que, conta, o colunista era "muito pessimista", extremamente cauteloso "por já ter tido más experiências" e tinha medo "que se aproximassem dele por interesse". Segundo os amigos de Carlos Castro ouvidos pelo i, terá sido aí que residiu a habilidade do modelo. "Nunca pedia nada ao Carlos, mas sabia como conseguir que lhe desse as coisas. Soube criar todo um envolvimento para seduzir e entrar na esfera dele", garante Maya.
A empresária não duvida que o crime foi cometido "intencionalmente", sobretudo porque Renato colocou o dístico "não incomodar" na porta do quarto do hotel após o crime. Maya diz que, na origem do crime, estarão questões de dinheiro: "O Carlos, que não era rico, apercebeu-se de que o Renato poderia estar mais interessado no dinheiro e ele vê a torneira a fechar-se". Cláudio Ramos garante que conversou com o colunista sobre o namoro. Diz que Carlos Castro até adiou o regresso a Portugal, "por estar feliz em Nova Iorque". O comentador duvida que a família do jovem não estranhasse as viagens com Carlos Castro - a Milão, Londres e Madrid - para fazer trabalhos de moda e "não mostrasse trabalho".
Hernani Carvalho, que faz a rubrica "Registo Criminal" no programa das manhãs da SIC, afirmou hoje que estiveram à venda no mercado por 6 mil euros cinco fotografias de Carlos Castro e Renato Seabra em Nova Iorque. O jornalista garantiu que falou com o proprietário da agência de fotografia que as tinha à venda (para o mercado das revistas e jornais) e que as viu. Disse ainda que essas imagens já não estão à venda. O jornalista explicou que as fotografias tinham sido tiradas "um ou dois dias antes" do assassinato de Carlos Castro num quarto de hotel em Nova Iorque e lembrou o alegado desaparecimento de uma máquina fotográfica (oferecida pelo cronista social ao jovem modelo) da cena do crime.
ESTE VIDEO POSSA ESCLARECER DUVIDAS A MUITA GENTE........
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